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Torre Monumental: veja Buenos Aires por um ângulo diferente


 

Nada se compara à sensação de chegar em um lugar desconhecido, ver coisas novas, pessoas, belezas, culturas que até então eram desconhecidas. Na minha viagem a Buenos Aires, quando soube que iria pra lá, comecei a minha busca por atrativos turísticos que chamassem a minha atenção, além dos locais tradicionais, como a Casa Rosada e o Cemitério da Recoleta, também estive conhecendo a Galeria da 5ª Avenida com diversos brechós, a Galeria Bond Street e o seu ambiente rocker e geek, e um mirante onde pude ter uma visão privilegiada, para tirar belas fotografias de Buenos Aires. 

Entre tantos lugares, me encantei por uma construção elevada, que lembra o famoso Big Ben de Londres, com quatro relógios. Pra quem raramente saiu das cidades de interior no Sul do Brasil, eu me encantei e decidi que iria conhecer. A construção que chamou  a minha atenção é a ‘Torre Monumental', também já foi chamada como ‘Torre de Los Ingleses’. 

Conheça a Torre

A construção foi inaugurada em 24 de maio de 1916 no prédio onde antes, estava a Usina de Gás de Retiro (distribuidora de combustível para a iluminação pública), no bairro Retiro.

Antes do Obelisco, atual símbolo portenho, ser construído, a Torre Monumental foi mantida como marca de Buenos Aires ao longo de 20 anos. Para sua construção, foram utilizadas apenas areia e água argentinas, materiais, como tijolos, cimento e outras ferramentas essesnciais para a construção, foram trazidas da Inglaterra. Inclusive os operários que trabalharam na construção também eram ingleses. 

A torre permaneceu fechada por muitos anos devido aos estragos causados por ataques durante a Guerra das Malvinas e reabriu apenas em 2001, Sua restauração só foi possível com base nas fotos da época, pois o projeto original estava na Inglaterra. Neste momento, Argentina e Inglaterra  não mantinham relações diplomáticas. Após a guerra, a Torre de Los Ingleses foi rebatizada com seu nome original: Torre Monumental. Ainda é comum encontrarmos cidadãos que se referem ao monumento pelo seu nome antigo. 

De acordo com informações divulgadas pelo setor de turismo de Buenos Aires, e pela guia que estava no local, ao longo do século XX, o monumento se transformou em testemunha fiel do desenvolvimento urbano e das diferentes ondas migratórias, que transformaram o bairro Retiro em uma das principais portas de entrada para Cidade de Buenos Aires, através da estação de trem de Retiro e do porto da cidade. 

A construção de 60 metros de altura se destaca em meio a Plaza Fuerza Aérea Argentina (antiga Praça Britânica), na Avenida del Libertador e permite aos visitantes que se atrevem a subir no topo, ter uma vista privilegiada da capital da Argentina. 

Atreva-se a subir 

Para acessar o topo do mirante, a subida é feita através de um elevador moderno, que ainda utiliza os mesmos mecanismos de seu exemplar, o original inglês. Ao chegar no topo da Torre Monumental, é possível ter uma visão privilegiada do bairro Retiro e do porto de Buenos Aires. 

O local abriga um carrilhão e cinco sinos de bronze (o maior pesa sete toneladas). Em sua fachada é possível reconhecer os escudos do Reino Unido e da República Argentina e está decorada com flores de cardo, rosas, dragões e trevos, emblemas da Escócia, a Casa Tudor, Gales e Irlanda.

O relógio presente no topo da torre, é da relojoaria Gillett & Johnston da cidade de Croydon, Inglaterra, e sua melodia é os Quartos de Westminster, a mesma que o Big Ben possui, e é muito semelhante ao famoso relógio londrino. 

Horários e valores

Segunda a sexta: das 10h30 às 16h (última subida).

Sábados, domingos e feriados das 9h30 às 18h (última subida).

Entrada: geral $100. Quarta grátis. Aposentados, estudantes e portadores de deficiência, grátis todos os dias.

*A Torre Monumental permanece fechada nas seguintes datas: Sexta-feira Santa, Dia do Trabalhador (1 de maio), Natal (25 de dezembro) e Ano Novo (1 de janeiro).

Galeria de Imagens

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Jessica Edel

Com início no meio jornalístico antes mesmo de iniciar a graduação, já passei por veículos de rádio, televisão, web, inclusive com breve colaboração ao Uol.
Após ter a oportunidade de trabalhar em diferentes meios, decidi me dedicar ao que mais me cativa: o jornalismo de Turismo.
Aqui no Notas de Viagem exponho minhas experiências em diferentes destinos pelo Sul do país.